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A Microsoft insiste em chamar à nova versão do Office apenas “o novo Office” mas parece estar sozinha nessa demanda, até mesmo internamente. Seja por hábito ou por facilidade de distinção em relação ao Office atual, o Office 2010, as referências acabam sempre por se fazer ao Office 2013, e até os atalhos para as aplicações – depois de instaladas – recebem esse nome.Com a indicação da data da versão ou não, o certo é que o novo Office traz
grandes alterações na forma de utilização do pacote de produtividade e também de
licenciamento. Isto não quer dizer que o modelo antigo, de software instalado no
computador pessoal e uma licença por máquina tenha desaparecido. Nem que os
utilizadores que usam o Word, o Excel ou o PowerPoint no seu dia a dia se vão
sentir perdidos com a nova versão.
Mas há realmente uma nova estratégia, que integra o Office de forma mais
próxima com a cloud e o Skydrive ou o Sharepoint, facilitando a partilha, edição
e colaboração a partir de qualquer dispositivo, em qualquer lugar. Desde que
exista acesso à Internet.
As aplicações do Office continuam a ser o Word, Excel, PowerPoint, OneNote,
Outlook, Publisher e Access, mas o design foi renovado para se ajustar ao
interface do Windows 8 e a novos modelos de utilização com ecrãs de toque que
convidam a tirar notas com uma caneta sobre um ecrã tátil, ou a ler em formato
mais próximo do que é aplicado nos eBooks.
Conheça as sete principais mudanças que se identifica no novo Office e
depois experimente por conta própria…
1 – Interface renovado
Tudo é diferente e ajustado ao interface do novo Windows 8. Mesmo que o
sistema operativo ainda continue a ser o Windows 7, ou o Windows Vista. O menu
de ferramentas lateral não será um mistério para quem já usa o Office 2010, nem
o acesso às funcionalidades habituais e atalhos que se vão aprendendo com o
tempo, mas o novo Office ganha em fluidez, sobretudo com ecrãs de tablets.
2 – Office a pedido
A Microsoft já disponibilizava os visualizadores e as Web Apps que
permitiam ver os documentos criados no Word sem ter a aplicação instalada, mas
agora vai mais longe na facilidade com o Office on demand. As assinantes do
Office 365 podem fazer stream da aplicação para qualquer equipamento compatível
sem precisar de instalação, acedendo aos seus documentos, e editando-os onde
quer que estejam.
3 – Roaming
A funcionalidade de roaming também é nova, e é fácil de explicar porque o
nome traduz a essência do serviço: a conta de um utilizador de Office pode ser
acedida em qualquer computador com Office, bastando identificar-se para aceder
aos seus documentos e à sua configuração. Desde que os documentos estejam na
cloud, naturalmente.
Com a disponibilização do Office em diferentes dispositivos, desde o
telemóvel ao tablet, passando pelo PC, pode ficar a dúvida de que a formatação
dos documentos se mantenha. Mas a Microsoft garante que sim, aplicando a máxima
do design que foi criada para o Windows 8: “one format fits all screens”…. Sem
perder formatação ou estilos.
4 – Office nas nuvens
É claro que as duas funcionalidades que acabámos de descrever só podem
existir porque o Office está plenamente integrado com a Cloud, através do
Skydrive ou do Sharepoint. Os documentos da versão Office para utilizadores
domésticos – Casa e Universitários – são guardados automaticamente no Skydrive e
os assinantes ganham até espaço adicional para não comprometerem o arquivo de
outros ficheiros na nuvem.
5 – Ligação às redes sociais
Em vez de saltarem entre aplicações ou janelas de browser, o novo Office
convida os utilizadores a integrarem as suas redes sociais no pacote de
produtividade, com as fotos, informação de contactos e atualizações de estado.
Parte da filosofia já existia antes no Outlook, mas é agora reforçada com os
conectores para LinkedIn e Facebook.
E com o Yammer, que a Microsoft adquiriu ainda este ano, as empresas podem
criar uma rede social privada para partilhar ideias, de forma integrada com o
SharePoint e o Microsoft Dynamics.
6 – A comunicação chama-se Skype
A “revolução” do novo Office não podia deixar de fora o Skype. A integração
é cada vez maior e a ferramenta de comunicação empresarial Link fica agora
federada com o Skype, integrando contactos e conversas sem ter de mudar de
aplicação.
Para os utilizadores individuais a Microsoft integrou também na subscrição
do Office uma oferta de 60 minutos mensais de comunicações gratuitas do Skype
para linhas fixas em todo o mundo.
7 – Licenciamento
Uma das principais mudanças do novo Office reside mesmo na forma de
licenciamento. Continuam a existir as licenças tradicionais mas a Microsoft
deixa de comercializar o pacote Office Casa que servia para 3 PCs, e só vende
licenças tradicionais para 1 computador, não transferível para outras máquinas.
Em troca a versão Office 365 Casa, renovável anualmente, pode ser instalada em 5
PCs ou Macs, com todas as aplicações habituais, e um bónus de 20 GB de espaço
adicional no Skydrive e os 60 minutos de comunicações para redes fixas no Skype.
Os estudantes universitários têm acesso ao Office 365 Universitários, com
as mesmas vantagens mas com uma subscrição válida por quatro anos e direito a
instalar apenas em 2 equipamentos.
Para as pequenas empresas há ainda o Office 365 pequenas empresas Premium,
com subscrição anual e instalação em 5 PCs ou Macs.
A Microsoft ainda não revelou os preços, e será esse o cálculo que vai
fazer a diferença para avaliar as vantagens dos novos pacotes, mas o certo é que
as empresas continuam a ter acesso a uma vasta gama de pacotes de preços e
modelos de licenciamento de volume que são mais atraentes.
Há muitas outras mudanças a descobrir para além das 7 mais relevantes. E
melhor do que ler sobre as alterações, vale a pena experimentar na primeira
pessoa o novo Office. A preview do Office está disponível online gratuitamente – por
tempo limitado – para quem quiser experimentar o Office 365 na versão 2013.